Disrupção Não é suficiente: Por que a Mudança de Verdade Exige Construção
- Renan Firmiano Silva
- 24 de set.
- 2 min de leitura
Todo mundo fala em ser disruptivo. É a palavra de ordem no mundo dos negócios há anos. A promessa é sedutora: chegue, quebre tudo, revolucione o mercado e saia vitorioso. Mas e se essa busca obsessiva pela disrupção estiver nos levando pelo caminho errado?
Em um artigo incisivo para a Inc.com, Tim Crino argumenta que a verdadeira mudança exige muito mais do que simples disrupção. A ideia central é um alerta para líderes e empreendedores: focar apenas em quebrar o estabelecido é uma estratégia miope e, muitas vezes, contraproducente.
O Lado Sombrio da Disrupção
A disrupção pura e simples tem um custo. Ela é, por natureza, destrutiva. Ao demolir sistemas, processos ou modelos de negócios sem uma alternativa sólida e pronta, podemos criar:
· Caos e resistência: As pessoas naturalmente se opõem a mudanças que parecem apenas destruir sem propor algo melhor.
· Danos colaterais: Empregos, cadeias de suprimentos e ecossistemas inteiros podem ser prejudicados no processo.
· Solucões frágeis: O que é construído às pressas sobre os escombros do antigo raramente é resiliente o suficiente para durar.
Para Além da Quebra: A Mudança que Constrói
Crino defende que a mudança real e duradoura não vem apenas de derrubar, mas sim de um processo mais profundo e construtivo. A disrupção pode abrir a porta, mas a verdadeira transformação acontece quando entramos e construímos a nova sala.
A chave está em trocar a disrupção pela inovação sustentável. Isso significa:
· Focar na evolução, não apenas na revolução: Melhorias incrementais e consistentes podem ser mais poderosas do que um grande estouro inicial.
· Construir e substituir, não apenas quebrar: O processo ideal é desenvolver o novo enquanto se adapta o que já funciona, criando uma transição mais suave e eficaz.
· Criar valor duradouro: A meta deve ser erguer sistemas, produtos e culturas que sejam melhores, mais justos e mais resilientes do que os anteriores.
Um Chamado à Ação Construtiva
A mensagem final é um convite para repensarmos nossa abordagem. Em vez de nos perguntarmos "como podemos disruptar este mercado?", devemos fazer uma pergunta mais poderosa:
"O que podemos construir aqui que seja verdadeiramente melhor?"
A mudança real não é um evento explosivo, mas um processo de construção. É um trabalho mais difícil, que exige paciência, visão e um compromisso genuíno com a criação de algo que perdure.
E você, concorda? Sua empresa está focada em quebrar ou em construir? Compartilhe nos comentários!




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